15 de dezembro de 2015

Preso na Lava Jato, Bumlai assume fraudes em empréstimo de R$ 12 mi


O pecuarista José Carlos Bumlai confessou em depoimento dado à Polícia Federal, em Curitiba, na segunda-feira (14), que houve fraude na quitação de um empréstimo de R$ 12 milhões feito por ele no Banco Schahin. Ele disse também acreditar que o dinheiro seria para pagar dívidas de campanha eleitoral em Campinas (SP). 

O pecuarista foi preso em novembro durante a 21ª fase da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de fraude, corrupção e desvio de dinheiro na Petrobras. O ato de qualificação do interrogatório de Bumlai informa que o pecuarista manifestou interesse em confessar os fatos, corrigindo parte das declarações dadas no primeiro depoimento à Polícia Federal. Inicialmente, Bumlai havia negado qualquer irregularidade. 

Tudo foi acertado, conforme Bumlai, em uma reunião durante uma noite de outubro de 2004, na sede do banco, em São Paulo. Estavam presentes, segundo Bumlai, o então presidente do Banco Schahin, Sandro Tordin, Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, e profissionais da área de propaganda e marketing, que segundo Bumlai, prestavam serviços para ele e para partidos políticos. 

O empresário contou que os profissionais da área de propaganda e marketing afirmaram que precisavam levantar recursos para a campanhas que estavam entrando em segundo turno e que Delúbio Soares disse que gostaria de ter acesso à parte do recurso. De acordo com o pecuarista, Delúbio também não esclareceu o percentual do empréstimo que seria destinado ao Partido dos Trabalhadores (PT).
G1

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