29 de dezembro de 2015

Dilma cumpre só um terço do que previu no início do ano


Na mensagem enviada ao Congresso no dia 2 de fevereiro deste ano, para o início dos trabalhos do Legislativo, a presidenta Dilma Rousseff assegurou que não iria promover “recessão ou retrocessos”. Após 11 meses, o Brasil está em plena recessão e passa por retrocessos em diversas áreas, como o rebaixamento por duas agências de risco. 

Mas esses não foram os únicos compromissos não cumpridos. Dos objetivos que estavam na mensagem, muito pouco foi para a frente. Das 34 principais metas para 2015 que Dilma especificou na mensagem, só 11 (32,3%) foram atingidas, enquanto 17 (50%) tiveram desempenho insatisfatório. Outras 6 (17,7%) saíram do papel em parte, uma vez que o prazo fixado para implementação vai além deste ano.

Em 2015, praticamente as únicas metas econômicas atingidas pela presidente foram aumentos de impostos. O especialista em finanças públicas Mansueto Almeida acredita que o pior do ajuste ainda está por vir. “Estamos muito longe de ter concluído o ajuste: o corte de gastos se deu à custa de enorme redução no investimento público, de 40% até outubro, e mudança no cronograma do pagamento do abono salarial, que é uma economia temporária”, diz. Segundo ele, as despesas obrigatórias continuam crescendo muito – o gasto com INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em 2015 e 2016 vai aumentar 0,9 ponto porcentual do PIB (Produto Interno Bruto) e o déficit da Previdência vai chegar a 2% do PIB. Mansueto diz que Dilma “colhe o que plantou”.

Segundo ele, de 2008 a 2014, a dívida pública cresceu 500 bilhões de reais, grande parte subsídio a empréstimos de bancos públicos.
(Folhapress/ O Sul)

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