12 de janeiro de 2015

Presidente de Câmara de Vereadores foge de pijama da polícia após desvio de dinheiro


O Fantástico esteve de volta e foi a Ribas do Rio Pardo, em Mato Grosso do Sul, para investigar diárias fantasmas para os vereadores! São diárias mais altas até que as da câmara dos deputados, um escândalo de R$ 3,5 milhões. A polícia cumpriu um mandado de prisão contra Adalberto Alexandre Rodrigues, vulgo "Betinho". Acusado de envolvimento no sumiço de R$ 3,5 milhões de dinheiro público. Adalberto Alexandre Rodrigues é um dos sete vereadores de Ribas do Rio Pardo acusados de desvio de dinheiro público, um dinheirão, R$ 3,5 milhões. Segundo investigação do Gaeco, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, órgão do Ministério Público, o coração do esquema estava no recebimento de diárias.

“Uma diária de vereador para deslocamento dentro do próprio estado era em torno de R$ 750 e, quando o deslocamento era para fora do estado, de R$ 1.500 por dia”, destaca Marcos Alex Vera de Oliveira, coordenador do Gaeco em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O valor muito alto chamou a atenção das autoridades. Veja a comparação. No Congresso, os deputados federais recebem: R$ 524 para viagens no Brasil. O equivalente a R$ 1.049, para viagens na América do Sul. E, para o resto do mundo, a diária é de R$ 1.148. 

“Um deslocamento da cidade de Ribas do Rio Pardo até a cidade de Campo Grande, que é capital, é um trajeto de 90 quilômetros, que na verdade dava direito a uma diária de R$ 750”, diz o promotor. “Muitos pagamentos foram feitos sem que esses vereadores tivessem realmente se deslocado da própria base, de Ribas do Rio Pardo”, destaca o promotor. 

Segundo o Ministério Público, de junho de 2013 até o fim do ano passado, somente a farra das diárias movimentou R$ 523 mil de dinheiro público. Tem mais. Tem nota fria de tudo quanto é tipo. O repórter Eduardo Faustini vai a uma churrascaria para checar uma suposta despesa com refeições e bota despesa nisso. A Câmara pagou 25 mil reais em churrasco. 

A reportagem mostra que o esquema movimentou ao todo R$ 3,5 milhões, 523 mil sumiram na jogada das diárias. O resto do dinheiro, segundo o Ministério Público, foi desviado em contratos fraudulentos, feitos sem licitação. Com serviços que não eram prestados ou produtos que não eram entregues. “Uma nota fria iria cobrir, legitimar essas despesas para que na prestação de contas não ficasse nenhuma sombra de dúvidas, ou que eles maquiassem efetivamente essa irregularidade”, diz o promotor.

O presidente da Câmara, acabou se entregando um dia depois de a polícia ir à casa dele. “Tenho nada para relatar”, diz o presidente da Câmara. 

Fantástico: Sr. Adalberto, quando os policiais chegaram à sua casa, o senhor fugiu de pijama pela janela? 

Ele e seis vereadores foram afastados da Câmara. Assim como funcionários da Casa envolvidos no escândalo. A população de Ribas do Rio Pardo foi às ruas protestar.
Fonte: G1

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