28 de maio de 2014

Com milhares de usuários no Brasil, Facebook ganha peso no jogo eleitoral


Se a internet serviu de palco para importantes batalhas nas eleições de 2010, poucos duvidam de um papel ainda mais decisivo na corrida presidencial deste ano. A quatro meses das eleições, a movimentação dos partidos políticos nas redes sociais é intensa. A candidata à reeleição Dilma Rousseff, do PT, e os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) começaram a montar seus bunkersdigitais, com uma previsão de gastos superior a 30 milhões de reais. Não é um tiro no escuro. Atualmente, 105 milhões de brasileiros têm acesso à internet, atesta o Ibope Media. Desse universo, ao menos 76 milhões desfrutam de conexão doméstica. É o mesmo número de cidadãos com contas ativas no Facebook, segundo o último balanço da companhia, divulgado em setembro do ano passado. 

A rede social criada por Mark Zuckerberg é, por sinal, a menina dos olhos dos marqueteiros digitais. Não apenas pela impressionante expansão no País – em 2010, havia pouco mais de 8,8 milhões de brasileiros cadastrados no Facebook –, mas pelo inestimável patamar alcançado por determinadas páginas a partir de investimentos relativamente modestos. O fenômeno da TV Revolta é emblemático. Notabilizada por um disfarce de niilismo político cujo objetivo, no fundo, é atacar o PT, a página tem mais de 3,5 milhões de seguidores e alcança mais de 27 milhões de internautas. 

O número varia ao longo do dia e está estampado no índice “falando sobre isso” do Facebook. Tal indicador mede, na prática, a quantidade de usuários que compartilham, comentam, respondem ou interagem de alguma maneira com qualquer evento ou assunto relacionado ao conteúdo da página. Por esse quesito, a TV Revolta supera de longe perfis como o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (167 mil “falando sobre isso”), da presidenta Dilma Rousseff (215 mil) ou até do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama (715 mil). Além disso, um público de 27 milhões é superior àquele de muitos dos telejornais de maior audiência da tevê aberta.
Fonte: Carta Capital

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