17 de abril de 2014

Brasil é 11º país mais mortal para jornalistas; maioria cobria corrupção


O cinegrafista Santiago Andrade, de 49 anos, registrava um confronto entre policiais e manifestantes em um protesto no Rio de Janeiro em fevereiro deste ano quando foi atingido na cabeça por um explosivo. Ele foi levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. 

A morte de Andrade durante o exercício de sua profissão contribuiu para um triste índice brasileiro: O país é atualmente o 11º país mais perigoso do mundo para se exercer o jornalismo, segundo o “Índice de Impunidade”, publicado anualmente pelo Comitê de Proteção a Jornalistas. 

A maioria dos jornalistas mortos trabalhava para veículos impressos (48%) e cobria casos de corrupção (59%). Todos eram homens. A organização sem fins lucrativos monitora a violência contra esses profissionais por meio de seu ranking anual publicado desde 2008. 

No caso do Brasil, 70% das mortes seguem impunes, enquanto em 19% dos casos os culpados foram punidos parcialmente. O comitê avaliou que somente em 15% das mortes a justiça se fez por completo. Por enquanto, o caso de Andrade continua em andamento. Fábio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza, acusados pelo Ministério Público de provocar a morte do cinegrafista, estão presos no Complexo Penitenciário de Jericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, enquanto aguardam julgamento. 

Veja quais são os dez países mais perigosos para jornalistas 

1. Iraque: 164 mortes
2. Filipinas: 76 mortes 
3. Síria: 63 mortes 
4. Algélia: 60 mortes 
5. Rússia: 56 mortes 
6. Paquistão: 54 mortes 
7. Somália: 52 mortes 
8. Colômbia: 45 mortes 
9. Índia: 32 mortes 
10. México: 30 mortes 
* Entre 1992 e 2014 
Fonte: CPJ -  Fonte: IG

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