19 de maio de 2013

'Resgate' de sucuri de seis metros mobiliza 10 homens em cidade de MT




Bombeiros e voluntários retiraram de uma cachoeira em Barra do Garças, município a 516 km de Cuiabá, uma sucuri de aproximadamente seis metros de comprimento na tarde deste sábado (18). O animal havia espantado os 16 banhistas que estavam na cachoeira, dentro do Parque Estadual da Serra Azul. Cerca de dez homens, entre bombeiros e voluntários, foram necessários para retirar a serpente, a qual foi abrigada num centro de proteção a animais silvestres e que deverá ser devolvida à natureza nesta segunda-feira (20).

De acordo com o ambientalista Francisco Cândido da Silva, mais conhecido como "Garrincha" e presidente da Associação Amigos dos Animais em Barra do Garças, primeiramente a cobra foi avistada por banhistas, quase escondida, dentro de uma fenda nas pedras da cachoeira. 

Embora não tenha se movido para atacar qualquer um dos presentes, a presença do animal impressionou os banhistas. Com medo, eles resolveram acionar o Corpo de Bombeiros. 

O Corpo de Bombeiros também acionou Garrincha, que trabalha voluntariamente no cuidado de animais silvestres feridos. Ao chegar no local, Garrincha conta que dispunha apenas de uma enforcadeira (utensílio utilizado para imobilizar serpentes) e uma sacola para colocá-la. No entanto, ao perceber o porte do animal, chamou mais militares do Corpo de Bombeiros e mais voluntários para auxiliar na tarefa. 

“Não imaginava que lá ia ter uma desse tamanho. Desse tamanho eu nunca tinha visto. Já achamos de um metro, um metro e meio, mas daquele jeito eu só tinha visto em foto. Aqui na região nós nunca demos de cara com um bicho desse tamanho”, relatou.

Um grupo de aproximadamente dez homens se mobilizou para retirar a cobra do local. Ela não se mostrou arisca de início; teve a boca fechada por uma corda amarrada, foi imobilizada com a enforcadeira e retirada da vala onde estava, puxada pelo braço e carregada. A maior dificuldade, segundo Garrincha, foi conter a força do animal, que se contorcia no caminho até uma caminhonete, de modo a fazer com que bombeiros e voluntários "trombassem" uns contra os outros.

O diretor do Parque Estadual, Pedro Fernando Santiago, confirmou o plano de “devolução” do animal à natureza e apontou que muita gente não compreendeu a razão da retirada dela da cachoeira onde foi vista. “O que o pessoal não está entendendo é que havia um risco, mas amanhã mesmo ela será solta no parque”, assegurou.

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